Rotas Caliandras e da Península integram o projeto Ecotrilhas, além da Bomtempo, inaugurada em agosto. Todas são sinalizadas por meio de QR Code e placas em padrão internacional
Diferentemente do informado antes, Marcos Woortmann é administrador regional apenas do Lago Norte, e não do Varjão
Mais duas trilhas serão inauguradas no Lago Norte: a da Península, no sábado (2), e a Caliandras, no domingo (3). Elas são parte do projeto Ecotrilhas e se somam à Bomtempo, entregue à população em 27 de agosto.
Trilhas dão acesso a cachoeiras e vistas panorâmicas de Brasíl
Trilhas no Lago Norte dão acesso a cachoeiras e vistas panorâmicas de Brasília. Foto: Andre Borges/Agência Brasília
Os roteiros têm o objetivo de estimular a educação ambiental e o turismo natural na região da Serrinha do Paranoá. “O meio ambiente precisa ser conhecido e usado pelas pessoas”, defende o administrador regional do Lago Norte, Marcos Woortmann.
A atividade é parte da programação da Virada do Cerrado na região administrativa.
A trilha da Península tem 20 quilômetros em trajeto urbano. Ela segue pela DF-009, a via principal do Lago Norte, passa pelo Parque Vivencial do Lago Norte Módulo II, pela Praça da Família e o ParCão, até o Viveiro Comunitário do Lago Norte. “A ideia é integrar áreas bucólicas pouco conhecidas da população”, diz Woortmann.
Para quem quiser conhecer a rota no sábado (2), o ponto de encontro será na Quebra da 13, na QL 13, a partir das 8 horas. Na inauguração, estão previstas uma oficina de identificação de árvores do Cerrado e a manutenção do plantio dos bosques.
A trilha Caliandras, por sua vez, tem saída da Torre de TV Digital e desce pela Serrinha do Paranoá, entre o Córrego do Urubu e o Córrego Jerivá. São 10,6 quilômetros de rota, e, em alguns pontos, ela cruza com os outros trajetos do Ecotrilhas.
Ciclistas podem percorrê-la no domingo (3), a partir das 8 horas, com saída do estacionamento da Torre de TV Digital. O grupo Rebas do Cerrado guiará os participantes.
Infraestrutura para desbravar o Cerrado
As trilhas foram montadas com base em rotas já usadas informalmente por praticantes de mountain bike. Os caminhos têm sinalização em padrão internacional e placas para identificar espécies do Cerrado.
Informações como coordenadas, altitude e mapa da trilha também ficarão disponíveis por meio de QR Codes (em inglês, quick response) — código lido por aparelhos celulares para conversão em links. A localização espacial pode ser feita ainda por sistema GPS (global positioning system).
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O Ecotrilhas decorre do projeto Águas, que fez o mapeamento de nascentes na região. Foram localizados 110 pontos em que a água brota da terra. Os cursos d’água desembocam em nove córregos que abastecem o Lago Paranoá.
Além disso, foi feito o levantamento das cadeias produtivas instaladas na área, como a agroecológica. Foram identificados pelo menos 50 produtores de orgânicos com certificação.
A iniciativa é uma parceria da Administração Regional do Lago Norte com o Instituto Oca do Sol e o Banco do Brasil, que contribui com R$ 70 mil para o projeto.
O recurso se destina a estudos de georreferenciamento, mapeamento, confecção de placas, oficinas de arte, educação e prevenção e combate a incêndios florestais.